Bom, o primeiro post deste blog é uma crítica à falta de respeito com as gestantes.
Na minha cidade, os supermercados não possuem caixas reservados às prioridades, e sim caixas com "atendimento preferencial", mas que qualquer um pode entrar na fila com carrinhos super-lotados. Nos ônibus, ninguém se incomoda ao ver uma mulher com barrigão em pé, e nem os cobradores se metem, e a gente fica à mercê da boa vontade de alguém.. Nos consultórios médicos, então.. é por ordem de chegada e pronto, não interessa se a grávida vai ficar horas sem se alimentar.
Quando questionamos, a resposta é sempre a mesma: "Gravidez não é doença, não, minha filha!"
Certo: gravidez não é doença. Mas também não é a mesma coisa que não estar grávida. Durante a gestação ocorrem muitas alterações físicas, hormonais e emocionais que alteram, e muito, a vida da mulher e suas necessidades. Aqui vão alguns exemplos de mudanças que causam desconforto nas gestantes:
-coluna vertebral e musculatura das costas: para que a mulher não perca o centro de gravidade e consequentemente o equilíbrio durante a gravidez, a coluna vai formando uma curvatura muito maior do que o normal, forçando a utilização excessiva dos músculos da região lombar, causando dores nas costas.
ficar em pé ou sentada em uma mesma posição por muito tempo intensifica essas dores.
-falta de ar: com o crescimento do bebê e do útero, há compressão dos órgão abdominais, projetando-os contra o diafragma, o que dificulta a respiração. Ficar horas em pé ou sentada pode levar até mesmo a desmaios.
-dor nas pernas: com o aumento de peso e a retenção de líquidos, a circulação sanguínea e a linfática ficam prejudicadas, causando dores nos tecidos das pernas, além de as articulações passarem a ter de suportar um peso maior do que o habitual. mais uma vez, ficar em pé ou sentada por muito tempo aumenta o desconforto.
-compressão dos vasos sanguíneos: o peso da barriga comprime a veia cava e a artéria aorta abdominais, além de suas ramificações, o que prejudica a circulação e o transporte de oxigênio e nutrientes. ficar deitada de barriga pra cima (como geralmente obrigam as parturientes a se posicionarem durante o parto) ou sentada com as costas recostadas por mais de 5 minutos faz mal tanto para a mãe quanto para o bebê.
-enjôos: durante a gestação, a mulher passa a produzir mais progesterona e passa a produzir a gonadotrofina coriônica, que juntos retardam a digestão e causam enjôos. principalmente durante o primeiro trimestre de gestação, ela pode vomitar em qualquer lugar, a qualquer hora.
-micção: o útero passa a pressionar a bexiga, tornando esta sem espaço para expandir e acomodar a urina como de costume, fazendo com que a grávida tenha que ir ao banheiro diversas vezes.
Além de tudo isso, há também a irritabilidade maior, falta de paciência e de tolerância causados principalmente pelo excesso de progesterona. E isso tudo não é "frescura de mulherzinha". É o que acontece com a mulher durante a gestação.
Portanto, gravidez não é doença, mas definitivamente uma grávida não está nas condições fisiológicas e emocionais que uma mulher não-grávida!!
Respeito e atenção às gestantes é direito e deve ser disseminado!!
Menina, porque cargas d'água eu só fui achar esse blog agora? Tô num pé de guerra com os médicos do município onde trabalho, pois eles não querem aceitar q eu tire licença.Estou com 30 semanas, e eles alegam que o peso do bb não é suficiente para me dar dor nas costas e pernas. Trabalho ssentada, e não tô mais aguentando de dor. Também ando com raiva pois o prédio onde trabalho está com um banheiro só, para mulheres e homens, são uns 20 funcionários, mais o público.Fora q o ambiente é muito estressante, e só de pensar em voltar lá, já me dá vontade de chorar.
ResponderExcluirTenho consulta amanhã c o meu médico,. Vou pedir a ele um atestado e, se os de lá não aceitarem, vou procurar o Ministério Público.
Eu sinto dores desde a 26ª semana..
ResponderExcluirinfelizmente, a gestante só tem direito a entrar de licença maternidade 28 dias antes do parto (ou seja, só com 36 semanas, e mediante atestado médico.)
Porém, é garantida à gestante transferência de função, quando as condições de saúde da gestante exigirem, com retomada da antiga função quando voltar ao trabalho, também mediante atestado médico.
dá uma olhada nesse site:
http://www.guiatrabalhista.com.br/guia/licenca_maternidade.htm
Espero ter ajudado. Boa sorte.