segunda-feira, 30 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Sling é tuuudo de bom!
Vantagens para o bebê
- Carinho: recebe mais ternura por estar mais próximo dos pais. O uso do sling promove a criação de laços com o bebê, a sensação de proximidade e os sentimentos de confiança. Também por isso se recomenda o seu uso com bebês prematuros, pois estes têm uma necessidade ainda maior de contacto físico com a mãe.
- Embalo: ajuda a embalar e a acalmar o bebê quando está agitado. Os bebés que são transportados ao colo regularmente não tendem a desenvolver o medo da perda ou a solidão, pelo que choram menos e tornam-se independentes mais cedo.
- Atividade: promove a interação por estar ao nível dos adultos. Quando está acordado tem oportunidade de observar o ambiente que o rodeia quer em casa, quer na rua.
- Confiança: facilita a adaptação a ambientes e pessoas estranhas, por estar no colo habitual. Evita assim a ansiedade comum nestas situações.
- Aprendizagem: um bebê calmo e confiante está mais disponível para aprender.
Vantagens para os pais
- Mobilidade máxima: permite passeios em qualquer piso ou ambiente. Quer se esteja na cidade no meio de uma multidão ou no meio do campo, a irregularidade do terreno deixa de ser um problema, ao contrário do que sucede com os carrinhos de bebê. Pelo mesmo motivo, com o sling é mais fácil caminhar na praia, andar de metrô ou mesmo ir de férias com pouca bagagem e o máximo de mobilidade.
- Mãos livres: o fato de permitir que uma ou as duas mãos fiquem livres é uma das principais vantagens para os pais e é a que faz do sling o perfeito aliado de quem tem filhos mais velhos.
- Ergonômico: extremamente confortável. O peso do bebê incide não só no ombro mas também nas costas, barriga e quadris, sendo assim distribuído uniformemente pelo tronco.
- Elegante: de aspecto simples e distinto, pode ser combinado com as suas roupas como qualquer outro acessório de moda. Na maior parte dos tipos de porta-bebê, a pessoa que o usa tende a desaparecer atrás dele. Estão disponíveis tecidos de várias cores e padrões para combinar com o seu guarda-roupa (para transportar um bebê não tem necessariamente de se andar coberto de ursinhos e coelhinhos!).
- Versátil: o mesmo sling pode ser utilizado desde recém-nascido até cerca dos dois anos, em várias posições.
- Discreto: o bebê pode ser amamentado no sling com discrição (aí não tem problema p'ros caras que ficam horrorizados ao ver uma mulher amamentando..)
- Prático: uma só peça de tecido sem molas, fivelas ou velcro. Fácil de colocar e retirar o bebê. O sling é de fácil manutenção: é só lavar na máquina a frio e secar ao ar para evitar que os tecidos 100% algodão encolham.
- Volume compacto: pode ser dobrado e guardado em qualquer mala de mão ou bolsa de mudas quando não estiver sendo usado.
- Inteligente: reúne todas estas vantagens, que um carrinho nunca sonharia ter, e que ainda custa 8 a 10 vezes menos... é uma compra inteligente.
Andador / Anda-já: Perigo Desnecessário!!
Andador: perigoso e desnecessário
Departamento de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria
       No dia 7 de abril de 2007, o Governo do Canadá proibiu a
comercialização de andadores para bebês em todo o país, de-
terminando a total proibição de sua venda, revenda, propagan-
da e importação. Considerou também ilegal vender andado-
res em vendas de garagem, mercados de pulgas e no comércio
ambulante. Recomendou ainda às pessoas que destruíssem e
descartassem todos os andadores.
       Tal fato reacendeu uma velha controvérsia entre pediatras
e pais: o andador é, afinal, uma inocente fonte de prazer e liber-
dade para os bebês ou uma arma travestida de produto infantil 
por meio da qual infligimos traumatismos físicos às inocentes 
criaturinhas?
       A verdade é que o andador continua a ser muito popular e,
contra as recomendações usuais dos pediatras, é utilizado por
cerca de 60 a 90% dos lactentes entre seis e quinze meses de
idade. Os motivos alegados pelos pais para colocarem seus
bebês em andadores incluem: eles dão mais segurança às cri-
anças (evitando quedas), independência (pela maior mobilidade),
promovem o desenvolvimento (auxiliando no treinamento da mar-
cha), o exercício físico (também pela maior mobilidade), deixam
os bebês extremamente faceiros e, sobretudo, mais fáceis de cui-
dar.
       Entretanto, nos últimos tempos a literatura científica tem colo-
cado por terra todas estas teses. A idéia de que o andador é seguro
é a mais errada delas. Há poucos meses, uma pesquisadora sueca,
Ingrid Emanuelson publicou uma análise dos casos de traumatismo
cranianomoderado em crianças menores de quatro anos, que con-
siderou o andador o produto infantil mais perigoso, seguido por equi-
pamentos de playground. De fato, ao longo de mais de trinta anos, as
revistas médicas têm chamado a atenção para o grande risco do an-
dador, que anualmente causa cerca de dez atendimentos nos serviços
de emergência para cada mil crianças com menos de um ano de idade.
Isto corresponde a pelo menos um caso de traumatismo para cada
duas a três crianças que utilizam o andador. Um terço dessas lesões
são graves, geralmente fraturas ou traumas cranianos, necessitando
hospitalização.
       Algumas crianças sofrem queimaduras, intoxicações e afogamentos
relacionados diretamente com o uso do andador, mas a grande maioria
sofre quedas; dos casos mais graves, cerca de 80% são de quedas de
escadas. Nos Estados Unidos, num período de 25 anos, foram regis-
tradas 34 mortes causadas por andadores, um número nada desprezível.
É verdade que o andador confere independência à criança.
       Contudo, todos os especialistas em segurança infantil justamente
insistem que um dos maiores fatores de risco para injúrias físicas é dar
independência demais numa fase em que a criança ainda não tem a mí-
nima noção de perigo. É consenso que a capacidade de autoproteção
só é adquirida a partir dos cinco anos de idade. Colocar um bebê de me-
nos de um ano num verdadeiro veículo que pode atingir a velocidade de
até 1 m/s equivale a entregar a chave do carro a um guri de dez anos.
Crianças até a idade escolar exigem total proteção.
       O andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da crian-
ça, ainda que não muito. Bebês que utilizam andadores levam
mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além
disso, engatinham menos e têm escores inferiores nos testes
de desenvolvimento.
       O exercício físico é muito prejudicado pelo uso do andador, pois,
embora ele confira mais mobilidade e velocidade, a criança precisa
despender menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe
interessa com seus próprios braços e pernas.
Por fim, trata-se de uma grande falácia dizer que a satisfação e o sorriso
de um bebê valem qualquer risco. Defendendo esta idéia, um pai
chegou a sugerir que se os pediatras conseguirem que os andadores
sejam proibidos, como aconteceu no Canadá, a seguir vão querer proibir
patins, skates e bicicletas, terminando com a alegria da criançada. Evi-
dentemente, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Bicicletas, skates
e patins são brinquedos para crianças mais maduras, que já têm condições
de aprender as noções de segurança e responsabilidade e, por isso,
podem se arrojar em atividades com maior risco. Ainda assim, é
sempre importante lembrar que os devidos equipamentos de segurança,
como capacete de ciclista, cotoveleiras e joelheiras, precisam ser
sempre usados. Um bebê de um ano fica radiante com muito menos do
que isso: basta sentar na sua frente, fazer caretas para ele e lhe contar
histórias ou jogar uma bola. 
       Dizer que o andador torna uma criança mais fácil de cuidar revela
preguiça, desinteresse ou falta de disponibilidade do cuidador. Por outro
lado, caso um adulto realmente não tenha condições de ficar o tempo
todo ao lado de um bebê pequeno, é mais seguro colocá-lo num cercado
com brinquedos do que num andador. Vários estudos já mostraram que
cerca de 70% das crianças que sofreram traumatismos com andadores
estavam sob a supervisão de um adulto. Ou seja, nem todo mundo reage
a tempo de conter um diabinho que dispara pela sala a 1 m/s. A super-
visão constante da criança constitui a chamada proteção ativa, que
costuma ser muito falha. O melhor é cercá-la de um ambiente protetor,
com dispositivos de segurança, como grades ou redes nas janelas;
estas são medidas de proteção passiva, muito mais efetiva. O andador
definitivamente não se enquadra neste esquema.
       Enfim, sabe-se que existe hoje em dia um movimento muito
intenso na Europa e nos Estados Unidos no sentido de que legis-
lações semelhantes à canadense sejam aprovadas e postas em práti-
ca, uma vez que todas as estratégias educativas têm falhado na
prevenção dos traumatismos por andadores. Enquanto este progresso
não chega ao Brasil, continuamos contando com o bom senso dos pais,
no sentido de não expor os bebês a um produto perigoso e absolutamente
desnecessário.
Para os interessados em informações mais detalhadas sobre o assunto:
• American Academy of Pediatrics. Committee on Injury and Poison Prevention. Injuries associated with infant walkers. Pediatrics.
2001;108:790-2. http://pediatrics.aappublications.org/cgi/content/full/108/3/790.
• Taylor B. Babywalkers. BMJ. 2002;325:612. http://bmj.bmjjournals.com/cgi/content/full/325/7365/612.
• Health Canada. Baby Walkers (Banned) & Stationary Activity Centres. http://www.hc-sc.gc.ca/cps-spc/child-enfant/equip/walk-marche-eng.php
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Massagem do Períneo Para Evitar Episiotomia e Laceração
       A massagem no períneo no período pré-natal tem-se mostrado eficaz 
na prevenção da necessidade da episiotomia e na diminuição das lacerações
que a mulher pode ter durante o parto.
na prevenção da necessidade da episiotomia e na diminuição das lacerações
que a mulher pode ter durante o parto.
       Há dados na literatura médica que comprovam o benefício da massagem 
perineal. (leia artigo publicado em 2008, no Israel Medical Association Journal)
Essa técnica é usada para ajudar no alongamento/flexibilidade e preparar a
Essa técnica é usada para ajudar no alongamento/flexibilidade e preparar a
pele do períneo (parte de pele, músculos etc. entre a vagina e o ânus) para o 
parto.
Essa massagem não vai apenas preparar o tecido do seu corpo, mas vai
também permitir que você conheça e aprenda sobre as sensações do parto e 
como controlar esses poderosos músculos. Este conhecimento a auxiliará ao 
preparar-se para dar à luz o seu bebé. O conhecimento do que você sente 
nessa região do corpo vai ajudá-la a manter-se relaxada e a relaxar o períneo
no parto e também durante outros exames vaginais que tenha que fazer em sua 
vida.
INSTRUÇÕES:
 - Você deve iniciar a massagem perineal com aproximadamente 34 semanas
de gestação. Massageie todos os dias por 5 a 10 minutos.
- Encontre um lugar onde se possa sentar e estar sozinha, ou com seu
parceiro, ininterruptamente.
- Tente ver seu períneo com ajuda de um espelho, note como ele é. Nem 
sempre será necessário um espelho para essa tarefa!
- Pode usar compressas com toalhas mornas no períneo por 10 minutos, ou
tomar um banho morno (de banheira, assento, ou chuveiro, em último caso),
caso precise relaxar.
- Lave as suas mãos e peça ao seu companheiro para fazê-lo também, caso
ele a ajude nas massagens.
- Lubrifique seus dedos polegares e o períneo. Você pode usar muitos
tipos de lubrificantes: Gel Lubrificante Íntimo (encontrado nos hipermercados
e farmácias), KY Gel®, óleo de vitamina E, óleo vegetal puro, óleo de
semente de uva.
- Coloque seus dedos polegares um pouco dentro de sua vagina, empurre-os
- Coloque seus dedos polegares um pouco dentro de sua vagina, empurre-os
para baixo e pressione para os lados. Deve sentir um leve estiramento, formiga-
mento, ou uma leve queimação, mas nada que seja dolorido. Mantenha esse
movimento por 2 minutos ou até que região fique levemente adormecida.
- Se sofreu uma episiotomia ou lacerações prévias, preste especial atenção ao
- Se sofreu uma episiotomia ou lacerações prévias, preste especial atenção ao
tecido de cicatrização que, geralmente, não é tão elástico e é onde a massagem
deve ser feita mais intensamente, com cuidado.
- Massageie em volta e por dentro da região mais externa da vagina e seus
- Massageie em volta e por dentro da região mais externa da vagina e seus
tecidos, onde ela se abre, e mantenha sempre a lubrificação.
- Use seus polegares para puxar um pouco os tecidos, forçando-os a
abrirem-se, imagine como seria se a cabeça do seu bebé estivesse fazendo
esse movimento na hora do parto.
- Se seu parceiro estiver fazendo a massagem, pode ser muito útil que ele use
os polegares. A sensação pode ser mais bem percebida por você, mas não
deixe de guiá-lo com suas sensações para que ele saiba qual a pressão que
deve utilizar. Nesta massagem, quando ela está sendo feita pelas primeiras
vezes, é comum que seja possível usar somente um dedo, até que a muscu-
latura seja trabalhada e possa ser estendida.
ATENÇÃO:
1. Evite mexer no ou abrir o orifício da uretra (logo acima da vagina)
para evitar infecções urinárias.
2. Não faça massagens no períneo se você tiver lesões ativas de herpes
(isso pode causar o aumento da área das lesões).
3. Pode começar essas massagens em torno da 34a semana de
gravidez. Se já passou da 34a semana e ainda não começou, não
desista! A massagem pode trazer-lhe benefícios ainda assim. Pode
fazê-la pelo menos uma vez por dia.
4. Lembre-se que a massagem sozinha não vai proteger seu períneo,
mas ela é parte de um grande esquema. Escolher uma posição vertical
para parir (de cócoras, de joelhos, sentada etc.) favorece a distribuição
de pressão no períneo. Se escolher parir deitada de lado, isso também
reduz muito a pressão no períneo. Deitada de costas, totalmente na horizontal,
é a posição para parir em que há mais chances de se provocar lacerações
e necessidade de episiotomia.
Episiotomia - Dr. Melania Amorim
A revisão sistemática da Biblioteca Cochrane (Carroli e Belizan), atualizada pela última vez em 1999, inclui seis ensaios clínicos randomizados e um total de 4850, submetidas à episiotomia de rotina ou seletiva. No primeiro grupo, 73% receberam episiotomia, contra 28% no segundo grupo. Os autores concluíram que os benefícios da episitomia seletiva (indicada somente em situações especiais) são bem maiores que a prática da episiotomia de rotina.
Baseando-nos nesses resultados da revisão sistemática, bem como nas conclusões de diversos outros estudos randomizados desde então publicados, podemos afirmar que:
1) Não há diferença nos resultados perinatais nem redução da incidência de asfixia nos partos com ou sem episiotomia, ou seja: os bebês nascem muito bem sem episiotomia, e não há necessidade de realizá-la com esse intuito.
2) Não há proteção do assoalho pélvico materno: a episiotomia não protege contra incontinência urinária ou fecal, e tampouco contra o prolapso genital, associando-se com redução da força muscular do assoalho pélvico em relação aos casos de lacerações perineais espontâneas.
3) A perda sanguínea é mais volumosa (em torno de 800ml contra 500ml no parto vaginal espontâneo), utiliza-se uma maior quantidade de fios para sutura e há mais dor perineal quando se realiza episiotomia.
4) A episiotomia é per se uma laceração perineal de segundo grau, e quando ela não é realizada pode não ocorrer nenhuma laceração ou surgirem lacerações anteriores, de primeiro ou segundo grau, mas de melhor prognóstico.
5) A episiotomia não reduz o dano perineal, ao contrário, aumenta-o: nas episiotomias medianas é maior o risco de lacerações de terceiro ou quarto graus.
6) A episiotomia aumenta a chance de dor pós-parto e dispareunia.
7) A episiotomia pode cursar com complicações como edema, deiscência, infecção (até fasciíte necrosante) e hematoma.
A recomendação atual da Organização Mundial de Saúde não é de proibir a episiotomia, mas de restringir seu uso, porque em alguns casos ela pode ser necessária. Não está muito claro em que situações a episiotomia é, de fato, imprescindível, porque até mesmo partos instrumentais (fórceps ou vácuo-extração) podem ser realizados sem episiotomia. Fala-se muito em “ameaça de ruptura perineal grave”, para prevenir rupturas de terceiro ou quarto grau, mas o que, clinicamente, caracteriza essa “ameaça” ainda não está definido.
A episiotomia não é útil na distocia de ombros, porque o problema neste caso é uma desproporção dos ombros fetais com a pelve óssea, e não com o períneo da mãe. Possivelmente esses aspectos serão desvendados em estudos futuros. É importante lembrar que, como todo procedimento cirúrgico, a episiotomia só deveria ser realizada com o consentimento pós-informação da parturiente. O planejamento em relação a esta e outras intervenções também deve fazer parte do plano de parto.
O ideal é que a taxa de episiotomia nos diversos serviços seja inferior a 30%, o que já é realidade em muitos países europeus. A taxa de episiotomias também vem caindo significativamente nos EUA, embora ainda persista elevada: o percentual de episiotomias em partos vaginais variou de 65,3% in 1979 para 38,6% em 1997.
Infelizmente, no Brasil, a situação é ainda mais crítica, porque o procedimento é realizado em cerca de 94% dos partos vaginais. No país que é o segundo “campeão” mundial de cesáreas, quando não se corta por cima, se corta por baixo (Diniz e Chachan, 2004). Urge nos mobilizarmos contra essa prática abusiva, porque reduzir procedimentos cirúrgicos desnecessários é essencial na luta pela humanização do parto e na promoção de cuidados baseados em evidências. “
Fonte: Comunidade G.O. Baseada em Evidências pela Dra. Melania Amorim
sexta-feira, 20 de maio de 2011
"Abaixo o Mamaço!"
       Ao que parece, a coluna do JP Coutinho tem bastante leitores (João Pereira Coutinho, colunista da Folha.com). O artigo entitulado "Mamonas Celestinas" (veja em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/916122-mamonas-celestinas.shtml) rendeu muito bafafá, muitos comentários em repúdio à matéria, mas outros também apoiando e aplaudindo o texto infame.
       Como era de se esperar, o colunista criou novo artigo, "Ponto de Ordem" ( tão infeliz quanto o anterior, como também era de se esperar ), e novamente críticas pela parte de uns, aplausos pela parte de outros. Taí o link: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/917770-ponto-de-ordem.shtml
       Não sou colunista da Folha.com, mas sou colunista do meu humilde blog, que pode não ter tantos leitores quanto a coluna do JP, mas alguns poucos já me deixam muito feliz por visitarem o "Parto com Amor". Então resolvi escrever este texto utilizando as mesmas "técnicas" de comparação e ironia, que JP utilizou de forma tão inteligente, para "apoiar" o pensamento machista e retrógrado de uns poucos que por lá deixaram seus pensamentos pobres, isso pra não chamá-los de podres..
Para os leitores da Folha.com que afirmaram que o leite materno é algo nojento, que os barulhinhos de seres tão fofinhos mamando incomoda, que o ato de atender à urgência de um bebê que necessita do peito da mãe para saciar-lhe a fome é algo ridículo e primitivo:
       "Amamentação é algo tão nojento, tão feio, que deveria ser abolido. Os barulhos de "tchuco-tchuco" de um bebê é tão absurdamente incômodo que a proibição ao ato melhoraria e muito o problema de poluição sonora! Inclusive creio que quem segue este mesmo pensamento deveria fazer um movimento de protesto contra a amamentação. Até posso imaginar o título: "Abaixo o Mamaço". Até rima, não é?
       Mas acho também que não deveriam parar por aí: por que não proibir a existência de restaurantes? Aglomerado de pessoas mastigando ao mesmo tempo, comendo carne de bicho morto, conversando e soltando perdigotos no prato alheio, talheres arranhando pratos, cheiros de tudo que é tipo de comida se misturando... Ver alguém comer em público deveria ser proibido por lei! Quem quiser comer, que vá pra sua casa! Ou, se a fome apertar demais e você estiver muito longe de casa, leve seu lanchinho na bolsa e corra para um banheiro público e satisfaça a sua vontade lá! Ninguém é obrigado a ver sua boca mexendo e mexendo, enquanto seu alimento vai se misturando à sua saliva! Coisa nojenta!
       Então viveríamos todos bem melhor assim, sem bebês mamando por aí, sem adultos mastigando por aí... Assim ninguém fere a liberdade de ninguém em não presenciar atos tão ofensivos, íntimos e nojentos como o de se alimentar, de satisfazer sua necessidade primitiva e animal de se nutrir."
E, para complementar, apoiando o pensamento de quem diz que é "ridículo continuarmos com esse hábito que herdamos dos homens das cavernas em pleno século XXI. Tá na hora de evoluir!"
Vamos lá:
"Amamentação é um hábito tão primitivo, tão retrógrado, que deveria ser abolido assim como morar dentro de uma caverna. Se faz isso desde que o mundo é mundo, então por que não evoluímos? Deixemos a amamentação para os animais irracionais, que fazem tudo na frente de todos, mesmo..
Sexo, então! Mais primitivo ainda que o ato de amamentar, já que antes do filho veio o sexo que o gerou... Ô, coisa do tempo das cavernas! Deveríamos parar de praticar o ato sexual também. Deveriam haver campanhas pela emasculação em massa, e a circuncisão feminina de certos países árabes deveria ser apoiada e copiada pelo mundo inteiro! Todos sem pênis e vagina!
O hábito de comer, defecar, urinar... Pra quê tudo isso? Com os avanços tecnológicos, o melhor a fazer é criar algum tipo de super-complemeto injetável, pra que ninguém precise mais comer, e taparia-se o ânus de forma cirúrgica para que ninguém mais ousasse praticar esse ato imundo que é o defecar...
Vamos todos pela evolução!"
Ficou tão claro e inteligente quanto o seu, Sr Coutinho?
Vamos lá:
"Amamentação é um hábito tão primitivo, tão retrógrado, que deveria ser abolido assim como morar dentro de uma caverna. Se faz isso desde que o mundo é mundo, então por que não evoluímos? Deixemos a amamentação para os animais irracionais, que fazem tudo na frente de todos, mesmo..
Sexo, então! Mais primitivo ainda que o ato de amamentar, já que antes do filho veio o sexo que o gerou... Ô, coisa do tempo das cavernas! Deveríamos parar de praticar o ato sexual também. Deveriam haver campanhas pela emasculação em massa, e a circuncisão feminina de certos países árabes deveria ser apoiada e copiada pelo mundo inteiro! Todos sem pênis e vagina!
O hábito de comer, defecar, urinar... Pra quê tudo isso? Com os avanços tecnológicos, o melhor a fazer é criar algum tipo de super-complemeto injetável, pra que ninguém precise mais comer, e taparia-se o ânus de forma cirúrgica para que ninguém mais ousasse praticar esse ato imundo que é o defecar...
Vamos todos pela evolução!"
Ficou tão claro e inteligente quanto o seu, Sr Coutinho?
Seção Curiosidades: Parir é Verbo de Ação!
Não existe "Parto Cesárea", porque simplesmente na cesárea a mulher não é ativa, e sim passiva. Parir é verbo de AÇÃO! e existe conjugação (é, existe e é estranha, mas existe!)
Conjugação do verbo parir
Infinitivo: parir
Gerúndio: parindo
Particípio passado: parido
Gerúndio: parindo
Particípio passado: parido
INDICATIVO
- Presente do Indicativoeu paro
 tu pares
 ele pare
 nós parimos
 vós paris
 eles parem
- Imperfeito do Indicativoeu paria
 tu parias
 ele paria
 nós paríamos
 vós paríeis
 eles pariam
- Perfeito do Indicativoeu pari
 tu pariste
 ele pariu
 nós parimos
 vós paristes
 eles pariram
- Mais-que-perfeito do Indicativoeu parira
 tu pariras
 ele parira
 nós paríramos
 vós paríreis
 eles pariram
- Futuro do Pretérito do Indicativoeu pariria
 tu paririas
 ele pariria
 nós pariríamos
 vós pariríeis
 eles paririam
- Futuro do Presente do Indicativoeu parirei
 tu parirás
 ele parirá
 nós pariremos
 vós parireis
 eles parirão
SUBJUNTIVO
- Presente do Subjuntivoque eu para
 que tu paras
 que ele para
 que nós paramos
 que vós parais
 que eles param
- Imperfeito do Subjuntivose eu parisse
 se tu parisses
 se ele parisse
 se nós paríssemos
 se vós parísseis
 se eles parissem
- Futuro do Subjuntivoquando eu parir
 quando tu parires
 quando ele parir
 quando nós parirmos
 quando vós parirdes
 quando eles parirem
IMPERATIVO
- Imperativo Afirmativopare tu
 para ele
 paramos nós
 pari vós
 param eles
- Imperativo Negativonão paras tu
 não para ele
 não paramos nós
 não parais vós
 não param eles
INFINITIVO
- Infinitivo Pessoalpor parir eu
 por parires tu
 por parir ele
 por parirmos nós
 por parirdes vós
 por parirem eles
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