segunda-feira, 30 de maio de 2011
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Sling é tuuudo de bom!
Vantagens para o bebê
- Carinho: recebe mais ternura por estar mais próximo dos pais. O uso do sling promove a criação de laços com o bebê, a sensação de proximidade e os sentimentos de confiança. Também por isso se recomenda o seu uso com bebês prematuros, pois estes têm uma necessidade ainda maior de contacto físico com a mãe.
- Embalo: ajuda a embalar e a acalmar o bebê quando está agitado. Os bebés que são transportados ao colo regularmente não tendem a desenvolver o medo da perda ou a solidão, pelo que choram menos e tornam-se independentes mais cedo.
- Atividade: promove a interação por estar ao nível dos adultos. Quando está acordado tem oportunidade de observar o ambiente que o rodeia quer em casa, quer na rua.
- Confiança: facilita a adaptação a ambientes e pessoas estranhas, por estar no colo habitual. Evita assim a ansiedade comum nestas situações.
- Aprendizagem: um bebê calmo e confiante está mais disponível para aprender.
Vantagens para os pais
- Mobilidade máxima: permite passeios em qualquer piso ou ambiente. Quer se esteja na cidade no meio de uma multidão ou no meio do campo, a irregularidade do terreno deixa de ser um problema, ao contrário do que sucede com os carrinhos de bebê. Pelo mesmo motivo, com o sling é mais fácil caminhar na praia, andar de metrô ou mesmo ir de férias com pouca bagagem e o máximo de mobilidade.
- Mãos livres: o fato de permitir que uma ou as duas mãos fiquem livres é uma das principais vantagens para os pais e é a que faz do sling o perfeito aliado de quem tem filhos mais velhos.
- Ergonômico: extremamente confortável. O peso do bebê incide não só no ombro mas também nas costas, barriga e quadris, sendo assim distribuído uniformemente pelo tronco.
- Elegante: de aspecto simples e distinto, pode ser combinado com as suas roupas como qualquer outro acessório de moda. Na maior parte dos tipos de porta-bebê, a pessoa que o usa tende a desaparecer atrás dele. Estão disponíveis tecidos de várias cores e padrões para combinar com o seu guarda-roupa (para transportar um bebê não tem necessariamente de se andar coberto de ursinhos e coelhinhos!).
- Versátil: o mesmo sling pode ser utilizado desde recém-nascido até cerca dos dois anos, em várias posições.
- Discreto: o bebê pode ser amamentado no sling com discrição (aí não tem problema p'ros caras que ficam horrorizados ao ver uma mulher amamentando..)
- Prático: uma só peça de tecido sem molas, fivelas ou velcro. Fácil de colocar e retirar o bebê. O sling é de fácil manutenção: é só lavar na máquina a frio e secar ao ar para evitar que os tecidos 100% algodão encolham.
- Volume compacto: pode ser dobrado e guardado em qualquer mala de mão ou bolsa de mudas quando não estiver sendo usado.
- Inteligente: reúne todas estas vantagens, que um carrinho nunca sonharia ter, e que ainda custa 8 a 10 vezes menos... é uma compra inteligente.
Andador / Anda-já: Perigo Desnecessário!!
Andador: perigoso e desnecessário
Departamento de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria
No dia 7 de abril de 2007, o Governo do Canadá proibiu a
comercialização de andadores para bebês em todo o país, de-
terminando a total proibição de sua venda, revenda, propagan-
da e importação. Considerou também ilegal vender andado-
res em vendas de garagem, mercados de pulgas e no comércio
ambulante. Recomendou ainda às pessoas que destruíssem e
descartassem todos os andadores.
Tal fato reacendeu uma velha controvérsia entre pediatras
e pais: o andador é, afinal, uma inocente fonte de prazer e liber-
dade para os bebês ou uma arma travestida de produto infantil
por meio da qual infligimos traumatismos físicos às inocentes
criaturinhas?
A verdade é que o andador continua a ser muito popular e,
contra as recomendações usuais dos pediatras, é utilizado por
cerca de 60 a 90% dos lactentes entre seis e quinze meses de
idade. Os motivos alegados pelos pais para colocarem seus
bebês em andadores incluem: eles dão mais segurança às cri-
anças (evitando quedas), independência (pela maior mobilidade),
promovem o desenvolvimento (auxiliando no treinamento da mar-
cha), o exercício físico (também pela maior mobilidade), deixam
os bebês extremamente faceiros e, sobretudo, mais fáceis de cui-
dar.
Entretanto, nos últimos tempos a literatura científica tem colo-
cado por terra todas estas teses. A idéia de que o andador é seguro
é a mais errada delas. Há poucos meses, uma pesquisadora sueca,
Ingrid Emanuelson publicou uma análise dos casos de traumatismo
cranianomoderado em crianças menores de quatro anos, que con-
siderou o andador o produto infantil mais perigoso, seguido por equi-
pamentos de playground. De fato, ao longo de mais de trinta anos, as
revistas médicas têm chamado a atenção para o grande risco do an-
dador, que anualmente causa cerca de dez atendimentos nos serviços
de emergência para cada mil crianças com menos de um ano de idade.
Isto corresponde a pelo menos um caso de traumatismo para cada
duas a três crianças que utilizam o andador. Um terço dessas lesões
são graves, geralmente fraturas ou traumas cranianos, necessitando
hospitalização.
Algumas crianças sofrem queimaduras, intoxicações e afogamentos
relacionados diretamente com o uso do andador, mas a grande maioria
sofre quedas; dos casos mais graves, cerca de 80% são de quedas de
escadas. Nos Estados Unidos, num período de 25 anos, foram regis-
tradas 34 mortes causadas por andadores, um número nada desprezível.
É verdade que o andador confere independência à criança.
Contudo, todos os especialistas em segurança infantil justamente
insistem que um dos maiores fatores de risco para injúrias físicas é dar
independência demais numa fase em que a criança ainda não tem a mí-
nima noção de perigo. É consenso que a capacidade de autoproteção
só é adquirida a partir dos cinco anos de idade. Colocar um bebê de me-
nos de um ano num verdadeiro veículo que pode atingir a velocidade de
até 1 m/s equivale a entregar a chave do carro a um guri de dez anos.
Crianças até a idade escolar exigem total proteção.
O andador atrasa o desenvolvimento psicomotor da crian-
ça, ainda que não muito. Bebês que utilizam andadores levam
mais tempo para ficar de pé e caminhar sem apoio. Além
disso, engatinham menos e têm escores inferiores nos testes
de desenvolvimento.
O exercício físico é muito prejudicado pelo uso do andador, pois,
embora ele confira mais mobilidade e velocidade, a criança precisa
despender menos energia com ele do que tentando alcançar o que lhe
interessa com seus próprios braços e pernas.
Por fim, trata-se de uma grande falácia dizer que a satisfação e o sorriso
de um bebê valem qualquer risco. Defendendo esta idéia, um pai
chegou a sugerir que se os pediatras conseguirem que os andadores
sejam proibidos, como aconteceu no Canadá, a seguir vão querer proibir
patins, skates e bicicletas, terminando com a alegria da criançada. Evi-
dentemente, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Bicicletas, skates
e patins são brinquedos para crianças mais maduras, que já têm condições
de aprender as noções de segurança e responsabilidade e, por isso,
podem se arrojar em atividades com maior risco. Ainda assim, é
sempre importante lembrar que os devidos equipamentos de segurança,
como capacete de ciclista, cotoveleiras e joelheiras, precisam ser
sempre usados. Um bebê de um ano fica radiante com muito menos do
que isso: basta sentar na sua frente, fazer caretas para ele e lhe contar
histórias ou jogar uma bola.
Dizer que o andador torna uma criança mais fácil de cuidar revela
preguiça, desinteresse ou falta de disponibilidade do cuidador. Por outro
lado, caso um adulto realmente não tenha condições de ficar o tempo
todo ao lado de um bebê pequeno, é mais seguro colocá-lo num cercado
com brinquedos do que num andador. Vários estudos já mostraram que
cerca de 70% das crianças que sofreram traumatismos com andadores
estavam sob a supervisão de um adulto. Ou seja, nem todo mundo reage
a tempo de conter um diabinho que dispara pela sala a 1 m/s. A super-
visão constante da criança constitui a chamada proteção ativa, que
costuma ser muito falha. O melhor é cercá-la de um ambiente protetor,
com dispositivos de segurança, como grades ou redes nas janelas;
estas são medidas de proteção passiva, muito mais efetiva. O andador
definitivamente não se enquadra neste esquema.
Enfim, sabe-se que existe hoje em dia um movimento muito
intenso na Europa e nos Estados Unidos no sentido de que legis-
lações semelhantes à canadense sejam aprovadas e postas em práti-
ca, uma vez que todas as estratégias educativas têm falhado na
prevenção dos traumatismos por andadores. Enquanto este progresso
não chega ao Brasil, continuamos contando com o bom senso dos pais,
no sentido de não expor os bebês a um produto perigoso e absolutamente
desnecessário.
Para os interessados em informações mais detalhadas sobre o assunto:
• American Academy of Pediatrics. Committee on Injury and Poison Prevention. Injuries associated with infant walkers. Pediatrics.
2001;108:790-2. http://pediatrics.aappublications.org/cgi/content/full/108/3/790.
• Taylor B. Babywalkers. BMJ. 2002;325:612. http://bmj.bmjjournals.com/cgi/content/full/325/7365/612.
• Health Canada. Baby Walkers (Banned) & Stationary Activity Centres. http://www.hc-sc.gc.ca/cps-spc/child-enfant/equip/walk-marche-eng.php
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Massagem do Períneo Para Evitar Episiotomia e Laceração
A massagem no períneo no período pré-natal tem-se mostrado eficaz
na prevenção da necessidade da episiotomia e na diminuição das lacerações
que a mulher pode ter durante o parto.
na prevenção da necessidade da episiotomia e na diminuição das lacerações
que a mulher pode ter durante o parto.
Há dados na literatura médica que comprovam o benefício da massagem
perineal. (leia artigo publicado em 2008, no Israel Medical Association Journal)
Essa técnica é usada para ajudar no alongamento/flexibilidade e preparar a
Essa técnica é usada para ajudar no alongamento/flexibilidade e preparar a
pele do períneo (parte de pele, músculos etc. entre a vagina e o ânus) para o
parto.
Essa massagem não vai apenas preparar o tecido do seu corpo, mas vai
também permitir que você conheça e aprenda sobre as sensações do parto e
como controlar esses poderosos músculos. Este conhecimento a auxiliará ao
preparar-se para dar à luz o seu bebé. O conhecimento do que você sente
nessa região do corpo vai ajudá-la a manter-se relaxada e a relaxar o períneo
no parto e também durante outros exames vaginais que tenha que fazer em sua
vida.
INSTRUÇÕES:
- Você deve iniciar a massagem perineal com aproximadamente 34 semanas
de gestação. Massageie todos os dias por 5 a 10 minutos.
- Encontre um lugar onde se possa sentar e estar sozinha, ou com seu
parceiro, ininterruptamente.
- Tente ver seu períneo com ajuda de um espelho, note como ele é. Nem
sempre será necessário um espelho para essa tarefa!
- Pode usar compressas com toalhas mornas no períneo por 10 minutos, ou
tomar um banho morno (de banheira, assento, ou chuveiro, em último caso),
caso precise relaxar.
- Lave as suas mãos e peça ao seu companheiro para fazê-lo também, caso
ele a ajude nas massagens.
- Lubrifique seus dedos polegares e o períneo. Você pode usar muitos
tipos de lubrificantes: Gel Lubrificante Íntimo (encontrado nos hipermercados
e farmácias), KY Gel®, óleo de vitamina E, óleo vegetal puro, óleo de
semente de uva.
- Coloque seus dedos polegares um pouco dentro de sua vagina, empurre-os
- Coloque seus dedos polegares um pouco dentro de sua vagina, empurre-os
para baixo e pressione para os lados. Deve sentir um leve estiramento, formiga-
mento, ou uma leve queimação, mas nada que seja dolorido. Mantenha esse
movimento por 2 minutos ou até que região fique levemente adormecida.
- Se sofreu uma episiotomia ou lacerações prévias, preste especial atenção ao
- Se sofreu uma episiotomia ou lacerações prévias, preste especial atenção ao
tecido de cicatrização que, geralmente, não é tão elástico e é onde a massagem
deve ser feita mais intensamente, com cuidado.
- Massageie em volta e por dentro da região mais externa da vagina e seus
- Massageie em volta e por dentro da região mais externa da vagina e seus
tecidos, onde ela se abre, e mantenha sempre a lubrificação.
- Use seus polegares para puxar um pouco os tecidos, forçando-os a
abrirem-se, imagine como seria se a cabeça do seu bebé estivesse fazendo
esse movimento na hora do parto.
- Se seu parceiro estiver fazendo a massagem, pode ser muito útil que ele use
os polegares. A sensação pode ser mais bem percebida por você, mas não
deixe de guiá-lo com suas sensações para que ele saiba qual a pressão que
deve utilizar. Nesta massagem, quando ela está sendo feita pelas primeiras
vezes, é comum que seja possível usar somente um dedo, até que a muscu-
latura seja trabalhada e possa ser estendida.
ATENÇÃO:
1. Evite mexer no ou abrir o orifício da uretra (logo acima da vagina)
para evitar infecções urinárias.
2. Não faça massagens no períneo se você tiver lesões ativas de herpes
(isso pode causar o aumento da área das lesões).
3. Pode começar essas massagens em torno da 34a semana de
gravidez. Se já passou da 34a semana e ainda não começou, não
desista! A massagem pode trazer-lhe benefícios ainda assim. Pode
fazê-la pelo menos uma vez por dia.
4. Lembre-se que a massagem sozinha não vai proteger seu períneo,
mas ela é parte de um grande esquema. Escolher uma posição vertical
para parir (de cócoras, de joelhos, sentada etc.) favorece a distribuição
de pressão no períneo. Se escolher parir deitada de lado, isso também
reduz muito a pressão no períneo. Deitada de costas, totalmente na horizontal,
é a posição para parir em que há mais chances de se provocar lacerações
e necessidade de episiotomia.
Episiotomia - Dr. Melania Amorim
A revisão sistemática da Biblioteca Cochrane (Carroli e Belizan), atualizada pela última vez em 1999, inclui seis ensaios clínicos randomizados e um total de 4850, submetidas à episiotomia de rotina ou seletiva. No primeiro grupo, 73% receberam episiotomia, contra 28% no segundo grupo. Os autores concluíram que os benefícios da episitomia seletiva (indicada somente em situações especiais) são bem maiores que a prática da episiotomia de rotina.
Baseando-nos nesses resultados da revisão sistemática, bem como nas conclusões de diversos outros estudos randomizados desde então publicados, podemos afirmar que:
1) Não há diferença nos resultados perinatais nem redução da incidência de asfixia nos partos com ou sem episiotomia, ou seja: os bebês nascem muito bem sem episiotomia, e não há necessidade de realizá-la com esse intuito.
2) Não há proteção do assoalho pélvico materno: a episiotomia não protege contra incontinência urinária ou fecal, e tampouco contra o prolapso genital, associando-se com redução da força muscular do assoalho pélvico em relação aos casos de lacerações perineais espontâneas.
3) A perda sanguínea é mais volumosa (em torno de 800ml contra 500ml no parto vaginal espontâneo), utiliza-se uma maior quantidade de fios para sutura e há mais dor perineal quando se realiza episiotomia.
4) A episiotomia é per se uma laceração perineal de segundo grau, e quando ela não é realizada pode não ocorrer nenhuma laceração ou surgirem lacerações anteriores, de primeiro ou segundo grau, mas de melhor prognóstico.
5) A episiotomia não reduz o dano perineal, ao contrário, aumenta-o: nas episiotomias medianas é maior o risco de lacerações de terceiro ou quarto graus.
6) A episiotomia aumenta a chance de dor pós-parto e dispareunia.
7) A episiotomia pode cursar com complicações como edema, deiscência, infecção (até fasciíte necrosante) e hematoma.
A recomendação atual da Organização Mundial de Saúde não é de proibir a episiotomia, mas de restringir seu uso, porque em alguns casos ela pode ser necessária. Não está muito claro em que situações a episiotomia é, de fato, imprescindível, porque até mesmo partos instrumentais (fórceps ou vácuo-extração) podem ser realizados sem episiotomia. Fala-se muito em “ameaça de ruptura perineal grave”, para prevenir rupturas de terceiro ou quarto grau, mas o que, clinicamente, caracteriza essa “ameaça” ainda não está definido.
A episiotomia não é útil na distocia de ombros, porque o problema neste caso é uma desproporção dos ombros fetais com a pelve óssea, e não com o períneo da mãe. Possivelmente esses aspectos serão desvendados em estudos futuros. É importante lembrar que, como todo procedimento cirúrgico, a episiotomia só deveria ser realizada com o consentimento pós-informação da parturiente. O planejamento em relação a esta e outras intervenções também deve fazer parte do plano de parto.
O ideal é que a taxa de episiotomia nos diversos serviços seja inferior a 30%, o que já é realidade em muitos países europeus. A taxa de episiotomias também vem caindo significativamente nos EUA, embora ainda persista elevada: o percentual de episiotomias em partos vaginais variou de 65,3% in 1979 para 38,6% em 1997.
Infelizmente, no Brasil, a situação é ainda mais crítica, porque o procedimento é realizado em cerca de 94% dos partos vaginais. No país que é o segundo “campeão” mundial de cesáreas, quando não se corta por cima, se corta por baixo (Diniz e Chachan, 2004). Urge nos mobilizarmos contra essa prática abusiva, porque reduzir procedimentos cirúrgicos desnecessários é essencial na luta pela humanização do parto e na promoção de cuidados baseados em evidências. “
Fonte: Comunidade G.O. Baseada em Evidências pela Dra. Melania Amorim
sexta-feira, 20 de maio de 2011
"Abaixo o Mamaço!"
Ao que parece, a coluna do JP Coutinho tem bastante leitores (João Pereira Coutinho, colunista da Folha.com). O artigo entitulado "Mamonas Celestinas" (veja em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/916122-mamonas-celestinas.shtml) rendeu muito bafafá, muitos comentários em repúdio à matéria, mas outros também apoiando e aplaudindo o texto infame.
Como era de se esperar, o colunista criou novo artigo, "Ponto de Ordem" ( tão infeliz quanto o anterior, como também era de se esperar ), e novamente críticas pela parte de uns, aplausos pela parte de outros. Taí o link: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/917770-ponto-de-ordem.shtml
Não sou colunista da Folha.com, mas sou colunista do meu humilde blog, que pode não ter tantos leitores quanto a coluna do JP, mas alguns poucos já me deixam muito feliz por visitarem o "Parto com Amor". Então resolvi escrever este texto utilizando as mesmas "técnicas" de comparação e ironia, que JP utilizou de forma tão inteligente, para "apoiar" o pensamento machista e retrógrado de uns poucos que por lá deixaram seus pensamentos pobres, isso pra não chamá-los de podres..
Para os leitores da Folha.com que afirmaram que o leite materno é algo nojento, que os barulhinhos de seres tão fofinhos mamando incomoda, que o ato de atender à urgência de um bebê que necessita do peito da mãe para saciar-lhe a fome é algo ridículo e primitivo:
"Amamentação é algo tão nojento, tão feio, que deveria ser abolido. Os barulhos de "tchuco-tchuco" de um bebê é tão absurdamente incômodo que a proibição ao ato melhoraria e muito o problema de poluição sonora! Inclusive creio que quem segue este mesmo pensamento deveria fazer um movimento de protesto contra a amamentação. Até posso imaginar o título: "Abaixo o Mamaço". Até rima, não é?
Mas acho também que não deveriam parar por aí: por que não proibir a existência de restaurantes? Aglomerado de pessoas mastigando ao mesmo tempo, comendo carne de bicho morto, conversando e soltando perdigotos no prato alheio, talheres arranhando pratos, cheiros de tudo que é tipo de comida se misturando... Ver alguém comer em público deveria ser proibido por lei! Quem quiser comer, que vá pra sua casa! Ou, se a fome apertar demais e você estiver muito longe de casa, leve seu lanchinho na bolsa e corra para um banheiro público e satisfaça a sua vontade lá! Ninguém é obrigado a ver sua boca mexendo e mexendo, enquanto seu alimento vai se misturando à sua saliva! Coisa nojenta!
Então viveríamos todos bem melhor assim, sem bebês mamando por aí, sem adultos mastigando por aí... Assim ninguém fere a liberdade de ninguém em não presenciar atos tão ofensivos, íntimos e nojentos como o de se alimentar, de satisfazer sua necessidade primitiva e animal de se nutrir."
E, para complementar, apoiando o pensamento de quem diz que é "ridículo continuarmos com esse hábito que herdamos dos homens das cavernas em pleno século XXI. Tá na hora de evoluir!"
Vamos lá:
"Amamentação é um hábito tão primitivo, tão retrógrado, que deveria ser abolido assim como morar dentro de uma caverna. Se faz isso desde que o mundo é mundo, então por que não evoluímos? Deixemos a amamentação para os animais irracionais, que fazem tudo na frente de todos, mesmo..
Sexo, então! Mais primitivo ainda que o ato de amamentar, já que antes do filho veio o sexo que o gerou... Ô, coisa do tempo das cavernas! Deveríamos parar de praticar o ato sexual também. Deveriam haver campanhas pela emasculação em massa, e a circuncisão feminina de certos países árabes deveria ser apoiada e copiada pelo mundo inteiro! Todos sem pênis e vagina!
O hábito de comer, defecar, urinar... Pra quê tudo isso? Com os avanços tecnológicos, o melhor a fazer é criar algum tipo de super-complemeto injetável, pra que ninguém precise mais comer, e taparia-se o ânus de forma cirúrgica para que ninguém mais ousasse praticar esse ato imundo que é o defecar...
Vamos todos pela evolução!"
Ficou tão claro e inteligente quanto o seu, Sr Coutinho?
Vamos lá:
"Amamentação é um hábito tão primitivo, tão retrógrado, que deveria ser abolido assim como morar dentro de uma caverna. Se faz isso desde que o mundo é mundo, então por que não evoluímos? Deixemos a amamentação para os animais irracionais, que fazem tudo na frente de todos, mesmo..
Sexo, então! Mais primitivo ainda que o ato de amamentar, já que antes do filho veio o sexo que o gerou... Ô, coisa do tempo das cavernas! Deveríamos parar de praticar o ato sexual também. Deveriam haver campanhas pela emasculação em massa, e a circuncisão feminina de certos países árabes deveria ser apoiada e copiada pelo mundo inteiro! Todos sem pênis e vagina!
O hábito de comer, defecar, urinar... Pra quê tudo isso? Com os avanços tecnológicos, o melhor a fazer é criar algum tipo de super-complemeto injetável, pra que ninguém precise mais comer, e taparia-se o ânus de forma cirúrgica para que ninguém mais ousasse praticar esse ato imundo que é o defecar...
Vamos todos pela evolução!"
Ficou tão claro e inteligente quanto o seu, Sr Coutinho?
Seção Curiosidades: Parir é Verbo de Ação!
Não existe "Parto Cesárea", porque simplesmente na cesárea a mulher não é ativa, e sim passiva. Parir é verbo de AÇÃO! e existe conjugação (é, existe e é estranha, mas existe!)
Conjugação do verbo parir
Infinitivo: parir
Gerúndio: parindo
Particípio passado: parido
Gerúndio: parindo
Particípio passado: parido
INDICATIVO
Presente do Indicativo
eu paro
tu pares
ele pare
nós parimos
vós paris
eles paremImperfeito do Indicativo
eu paria
tu parias
ele paria
nós paríamos
vós paríeis
eles pariamPerfeito do Indicativo
eu pari
tu pariste
ele pariu
nós parimos
vós paristes
eles pariramMais-que-perfeito do Indicativo
eu parira
tu pariras
ele parira
nós paríramos
vós paríreis
eles pariramFuturo do Pretérito do Indicativo
eu pariria
tu paririas
ele pariria
nós pariríamos
vós pariríeis
eles paririamFuturo do Presente do Indicativo
eu parirei
tu parirás
ele parirá
nós pariremos
vós parireis
eles parirão
SUBJUNTIVO
Presente do Subjuntivo
que eu para
que tu paras
que ele para
que nós paramos
que vós parais
que eles paramImperfeito do Subjuntivo
se eu parisse
se tu parisses
se ele parisse
se nós paríssemos
se vós parísseis
se eles parissemFuturo do Subjuntivo
quando eu parir
quando tu parires
quando ele parir
quando nós parirmos
quando vós parirdes
quando eles parirem
IMPERATIVO
Imperativo Afirmativo
pare tu
para ele
paramos nós
pari vós
param elesImperativo Negativo
não paras tu
não para ele
não paramos nós
não parais vós
não param eles
INFINITIVO
Infinitivo Pessoal
por parir eu
por parires tu
por parir ele
por parirmos nós
por parirdes vós
por parirem eles
Assinar:
Postagens (Atom)